Carl Sagan faz uma critica a escola em seu livro "O mundo assombrado pelos demônios". Ele afirma que as vezes tinha a sorte de ser convidado a dar uma aula em um "jardim de infância". Lá as crianças seriam, segundo ele, interessadas em conhecimento. Já no ensino médio a coisa mudaria de figura, com adolescentes em geral apáticos e sugere que são os métodos empregados no ensino o principal responsável pelo fato.
Mas a escola ainda é o principal, senão o único lugar onde se tenta manter o "grande público" em contato com formas científicas de conhecimento, e a concorrência é desleal. Não somos cientistas natos, antes nosso pensamento é mágico, acreditamos em bobagens muito mais facilmente do que necessitamos de evidências.
Por mais que se mudem os métodos de ensino, e eles mudaram bastante nas ultimas décadas, o pensamento científico é algo que precisa ser construído com esforço e dedicação, principalmente pelo indivíduo e não somente por quem quer ensiná-lo.
http://www.youtube.com/watch?v=fjkVoW4Y3x0
Mas não é assim. Isso é uma forma errada de pensar. Há uma confusão grosseira entre curiosidade e pensamento científico e não consigo entender como um físico do porte de Kaku pode se confundir desse modo.
Crianças são curiosas e não "científicas". Elas aceitam facilmente explicações irracionais, tolas e sem evidência. Daí o perigo de conviverem apenas com pessoas irracionais, tolas e que não necessitam de evidências...
Há várias falhas no ensino de ciências na escola, mas a divulgação de conhecimento não científico na sociedade bombardeia a criança desde seu nascimento e supre sua curiosidade muito bem.
A questão é, como superar essa influência não científica? Ou ainda mais, como evitar que a não ciência na criança se torne anti ciência no adulto? Ficar jogando pedras na escola com alegações falsas apenas agrava o problema.