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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Leitura fria, ilusionismo e enganação.‏


  Leitura fria" é um método com o qual alguem consegue "tirar informações" de outra pessoa de forma não claramente percebida e usar essas informações para fazer crer que se tem dons paranormais, do tipo "capacidade de ler pensamento" ou mesmo se comunicar com os mortos. É necessário treino e talento para conseguir resultados dignos de nota. Mas não é de forma alguma algo "sobrenatural".
 
Muitas pessoas entendem as outras "só de olhar", de observar seu modo de falar, de andar, de agir em determinadas situações. Parecem "saber o que estamos pensando". Mas isso é empatia. Leitura fria é outra coisa. Empatia é algo expontaneo. Leitura fria é tecnica. Pessoas empáticas tem talvez mais facilidade para desenvolver a tecnica feita de forma premeditada para iludir. Praticantes de leitura fria fazem perguntas, estudam as expressões (alegria, medo, surpresa, confirmação)... Mas tem tb ajudantes que conversam com as pessoas antes... Tb podem se informar por jornais (no caso de morte por exemplo), ou com pessoas da familia e conhecidos... Em geral praticantes de leitura fria sao muito bem informados sobre com quem irão conversar... Mas tb escrevem e falam "no geral" e criam um clima onde vemos mais do que realmente existe. As vezes o "leitor frio" simplesmente diz coisas que servem para todas as pessoas, mas nós criamos a ilusao de que ele diz exatamente o que serve apenas para nós...
 
Magicos ilusionistas usam a leitura fria para nos divertir. "Adivinham" nosso pensamento, mas não tentam nos convencer de que sao telepatas. "Adivinham" informações  as quais apenas pessoas falecidas poderiam compartilhar conosco, mas nao nos convencem de que sao médiuns. Mas existem tb os que nao se contentam em divertir. Querem tb enganar... Nem todos querem dinheiro ou fama. Alguns tem boa intenção em consolar os que procuram se comunicar com pessoas queridas já falecidas, mas o engodo existe e é o mesmo. Então o caso é: É ético enganar alguem, mesmo que seja para fazer essa pessoa feliz?
 
Muitos acham que não, tal como o mágico brasileiro Kronnus e o ingles James Randi. Ambos são especialistas em desmascarar farsas. Os mesmos truques que os mágicos usam pra divertir podem ser usados para enganar. E os próprios mágicos em geral nao ficam contentes com isso. Por isso resolveram reagir.
James Randi oferece 1 milhao de dólares a anos para quem puder realizar um "feito paranormal" ao qual ele não possa explicar e reproduzir... Ainda continua esperando...
 
Kronnus desmascarou no Fantastico Thomas Green Morton, o "homem do Rá"... Inicialmete Morton aceitou o desafio de 1 milhão de dólares de Randi, mas depois recuou. Sendo assim, Kronnus demonstrou como eram feitos os truques de fazer pingar perfume pelas mãos e fazer luzes misteriosas piscarem... Morton não teve coragem de aparecer para reagir as acusações...
 
Nos anos 70, época de muita enganação desse tipo, Uri Geller fez fama entortando talheres... Foi desmascarado por James Randi. Óbvio que a coisa não fica só nos truques. Sujeito faz pingar perfume dos dedos e afirma poder adivinhar o futuro e cobra para isso... Outro entorta um garfo e afirma que pode conseguir a paz mundial se receber doações suficientes...
 
 
Mas como já escrevi, nem todos querem ganhos, alguns querem ajudar, consolar... Mas o caso é que não há evidencias de que seja real o que afirmam. Não é o caso de se valorizar ou condenar os que só querem ajudar e sim ver se há ou não fundamento no que afirmam. Comunicação com mortos para consolar uma viuva parece ser algo inocente. Mas e no caso de um juiz aceitar o "testemunho do proprio falecido" para se julgar o réu? E se for o suposto médium alguem interessado em sua condenação ou absolvição? Ou apenas alguem querendo fama disposto a dizer qualquer coisa? Ou mesmo que seja alguem que realmente acredita que tenha dons mediunicos, quais as evidencias de que seja realmente o falecido ali se manifestando?
 
Verdade é algo a ser comprovado com evidencias e nao com vontade de se acreditar.