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domingo, 11 de setembro de 2011

A ciência e sua maneira de agir II

Se Maria tivesse um maior conhecimento científico seria mais tolerante com quem pensa diferente.

O texto é otimista em afirmar que mesmo sem conhecimento científico Maria fez tratamento. Mas poderia não ter feito. Poderia acreditar que só a fé bastaria. E morreria agonizando em uma cama em casa cheia, de pessoas orando em volta...

Se é impossível que nos "comportemos cientificamente" o tempo todo, nós podemos ao menos tentar confrontar nossas crenças com as de outras fontes e sermos mais tolerantes. E aí está algo relativo a data de hoje, o 11 de setembro. 

Religiões são campo fértil para intolerância. Se há um ser superior de absoluta sabedoria me guiando, não terei dúvidas em agir de tal ou qual forma. Não hesitarei em explodir aviões e nem em invadir países.

Mas o pensamento racional, crítico e cético nem sempre acompanha os que praticam ciência. Em um exemplo extremo podemos citar cientistas norte americanos e alemães que nas décadas de 30 e 40, por racismo, uma ideologia não científica, recusavam-se a dar o mesmo tratamento a todos, negando direitos de negros e judeus. 

Mesmo os que convivem com as práticas racionais precisam fazer um esforço para colocá-las "para funcionar" na vida cotidiana, fora do ambiente controlado dos laboratórios. E por vezes, Marias nos surpreendem por atitudes sensatas, como a relatada por um conhecido meu.

Uma mulher em um posto de saúde foi se vacinar contra gripe. O médico homeopata dela era contra, mas ela, sem nenhuma formação científica foi sensata o suficiente para proceder corretamente. A essa e a outras Marias e Josés, minha homenagem!

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