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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O poker e a verdade.

Quando criança, eu e vários de meus amigos assistíamos aos filmes de "bang bang",  na Sessão da Tarde da Rede Globo de Televisão. 

Nesses filmes era comum que jogadores de poker se saíssem bem, derrotando vilões e ganhando fortunas, além da mocinha, é claro! Como não havia ainda web, ficávamos curiosos e sem resposta sobre como se jogava o tal de poker!  

Um dia, um garoto novato na rua disse saber jogar poker! Ótimo, respondi, ensine para a gente!
O garoto novato, com um ar esnobe, apenas respondeu que "não dava pra ensinar, era necessário saber".

Bom, com o tempo percebemos que o garoto era dado a  inventar histórias. Tudo ele conhecia, tudo ele já presenciara e com o tempo foi possível perceber que quase tudo ele inventara... Pq? Por uma necessidade enorme de aparecer? Para ser o  dono da verdade? Para obter prestígio? 

Mas ele não foi o único na história do conhecimento a agir assim! 

Em geral os místicos agem exatamente dessa forma. Detém "o conhecimento dos mistérios, ou dos segredos do universo" e não os compartilham... Ou ainda, afirmam que só pessoas especiais podem entendê-los... 

Que diferença dos que realmente pesquisam, comparam, comprovam, submetem a prova suas idéias... Claro que não há um cientista ideal, mas é na ciência em que isso ocorre, ainda que as vezes de forma parcial, sendo necessário correções, feitas alias em geral dentro mesmo da luta de ideias que faz parte dela.

Seus conhecimentos estão aí, a disposição, basta procurar. E se por ventura um conhecimento cientifico for questionado, haverá a alegação de que é algo que simples mortais não podem compreender? Não, pois ela se assume como obra de simples mortais  e não como a palavra e ensinamentos de deuses! 

Todo o conhecimento real se afirma no questionamento, na necessidade de comprovação, e não em alegações  vazias e místicas sobre ser necessário "saber", sem antes ter aprendido...

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