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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sobre cientistas e seus métodos.



Não tenho por objetivo aqui me prolongar sobre a metodologia científica formal, a que pode ser esquematizada de varias formas.
Minha intenção é ver como se da a forma de pensar de alguns pesquisadores ao se debruçar sobre o objeto de investigação a que se propõem e mesmo como se interessam ou não por esse estudo. Alguns são verdadeiras crianças deslumbradas com um brinquedo novo, acreditam que novos conhecimentos podem ser construídos a partir do estudo e só o apego ao já citado método cientifico impede que fiquem “livres demais “ em suas suposições.

Esses são importantíssimos para que a ciência não se “ossifique”, não se torne estéril, auto-suficiente. Eles negam o estereótipo da comunidade cientifica cética em absoluto, pronta para ridicularizar qualquer novo conhecimento que contrarie suas “verdades inquestionáveis”. Negam o mito de que a ciência é uma nova religião, cheia de dogmas. Mas alguns se sentem presos pelo rigor do método cientifico. Desses alguns deixam a ciência. Aventuram-se por outros caminhos, alguns com maior distancia, outros nem tanto. Alguns com boas intenções, outros com certeza não. A necessidade de comprovação, o rigor das observações e em especial a necessidade de que resultados de experimentações sejam passíveis de serem reproduzíveis por outros pesquisadores são impedimentos para fraudes, mas para alguns espíritos mais livres, são também impedimentos para maior liberdade de pesquisa.

É necessário ponderação e bom senso, aí estão os “adultos” da ciência. Não me refiro à idade, e sim a maneira de pensar, pois se pesquisadores empolgados tem o viço juvenil, pesquisadores ponderados tem o bom senso próprio (ou que deveria ser próprio) da idade adulta. Eles representam uma barreira “mais humana” que o método cientifico para alegações sem base feitas pelas crianças empolgadas da ciência. Dão orientações e corrigem erros, mas não são céticos ao extremo, que negam a priori toda evolução do conhecimento que coloque em xeque conhecimentos tidos como verdadeiros no passado.

A evolução do conhecimento se da na maioria das vezes por ampliação, mas há momentos em que há mesmo negação de saberes tidos antes como corretos. Essa coragem de negar o que já não pode ser mais considerado real é um diferencial importante da ciência. Nada de revelações divinas, nada de conhecimentos vindos de um imaginário “outro mundo”, nada de apelo a autoridade.

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